sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Aprovação ao governo Lula bate recorde histórico e chega a 83%, aponta Datafolha


Pela terceira semana consecutiva, a avaliação do governo Lula obteve um patamar recorde de aprovação na série histórica do Datafolha na pesquisa realizada e divulgada nesta terça-feira (26) pelo instituto.

No levantamento atual, 83% dos eleitores brasileiros avaliaram sua administração como ótima ou boa.

Na semana passada, essa aprovação chegava a 82%. No mesmo período, o patamar dos que consideram seu governo regular passou de 14% para 13%, enquanto 3% dizem que ele é ruim ou péssimo, índice que se manteve.

Dois de cada três eleitores de Serra (67%) avaliam a gestão de Lula como ótima ou boa. Entre os eleitores de Dilma, esse índice chega a 96%.

Para 80% dos eleitores que votaram em Marina no primeiro turno, a gestão do petista é ótimo ou bom.

A nota atribuída ao governo Lula no atual levantamento é 8,2, a mesma registrada na semana passada.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Lideranças jovens que votaram em Marina declaram apoio a Dilma nesta terça-feira (26)


Lideranças jovens de todo país que votaram em Marina no primeiro turno participam nesta terça-feira (26), em são Paulo, de um ato de apoio à candidatura Dilma Rousseff.
A atividade tem inicio às 19h, no teatro Studio 184, na Praça Roosevelt, próximo à estação República do Metrô.

O ato reflete a sintonia entre os Programas de Governo e o acolhimento de parte das propostas de Marina encaminhadas à Dilma, conforme a petista anunciou na tarde de segunda-feira (25).

Com a participação de lideranças jovens, indígenas, religiosas e artistas de todo o país, a atividade também tem por objetivo analisar e formalizar novas medidas para o meio ambiente. Destaque para as presenças de Gabriela Veiga, integrante de O Teatro Mágico, e de Ângela Mendes, filha do líder dos seringueiros e ambientalista Chico Mendes.

Estão previstas intervenções teatrais e performances artísticas.

O evento será transmitido ao vivo pela TV PT, basta acessar essa home-page a partir das 19h.

Veja abaixo a relação dos participantes já confirmados:

Danilo Moreira – Presidente do Conselho Nacional de Juventude
Ângela Mendes - Filha do Chico Mendes e militante do PT AC
Gabriela Veiga - O Teatro Mágico
Dinaman Tuxá – convidado permanente do Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE), representante jovem das comunidades indígenas – Minas Gerais
Thiago Alexandre Moraes – membro do CONJUVE pela Rede de Juventude pelo Meio Ambiente e Sustentabilidade e da coordenação de campanha da Juventude da Marina – São Paulo
Morgana Boostel – membro do CONJUVE pela Aliança Bíblica Universitária e do movimento Marina Silva – Espírito Santo
Diogo Damasceno – membro do Coletivo Jovem e membro do movimento Marina Silva - Goiás
João Francisco Araújo Maria – Secretário de Movimentos Sociais do PV do Distrito Federal

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Diferenças e semelhanças à Luz da Doutrina Espírita


Um doutor da lei vem até Jesus e pergunta: “Mestre qual é o grande mandamento?”

Disse-lhe Jesus: “Amarás ao Senhor teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o máximo e o primeiro mandamento. E o segundo semelhante a este é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos depende toda a Lei e os Profetas” - Mt, cap. XXII - 34-40.

Se o amor e a caridade são de tamanha excelência, é de imediata necessidade que se faça a aquisição de tais virtudes e se, com certeza, alguma chama já brilha no coração, que se faça o aprimoramento.

A questão chave é que o aprimoramento de virtudes só se dá no exercício, na vivência. Com relação a ele, só acontece quando se pensa, analisa-se e se busca a excelência para que o exercício seja de qualidade.

É neste sentido que, então, já aprimorando esta chama viva que é a necessidade interna que muitos têm de algo fazer para o seu semelhante se reflete a respeito do que é assistencial de do que é promocional.

Vemos a nossa volta favelas se reproduzindo, crianças desamparadas e abandonadas, a violência crescendo.

Parece que este é o momento peculiar, especial de se pensar na educação do Espírito. O alimento para o corpo é necessário, porém é imediatista. O alimento pra o Espírito, este sim, é que é transformador.

Em Léon Denis (Depois da Morte, 1987), há ocasião para pensarmos a respeito do tema: “Ouvem-se diariamente recriminações sobre as grosserias e as paixões brutais das classes mais pobres. Reflete-se justamente com estas constatações sobre a educação recebida, sobre os maus exemplos que os rodeiam desde a infância, sobre a carestia da vida, a falta de oportunidades, de esclarecimento para a sua inteligência? São-lhes desconhecidas as doçuras do estudo, o gozo da arte. Que sabem eles sobre as leis morais, sobre o seu próprio destino?... poucos raios ensolarados se projetam nestas trevas.

Há a caridade material e moral. Porém, as duas não precisam estar apartadas, como muitas vezes se vê nos programas assistenciais. Com certeza a maior virtude está em oferecer oportunidades de esclarecimento ao Espírito, estimular a vontade muitas vezes embotada, verificar as potencialidades, que são luzes, por vezes apagadas, inerentes àquela individualidade. Dar o que comer é meritório; esclarecer e promover é grandioso.

Pode-se perguntar a cada vez: destas pessoas, a quem muitas vezes, por anos, damos o que comer, quantas sem um profundo empenho em lhes esclarecer a consciência (se é que houve) percebeu-se capaz, fortificou-se, desenvolveu a vontade e buscou uma nova fórmula, um caminho melhor. A quantas pessoas, a quantas famílias, a ação assistencial levou à promoção social.

Estamos na era do Espírito mas ainda é preciso cuidar do corpo ligado ao engrandecimento do Espírito. Para tal, não mais a esmola é suficiente, mas sim, a benevolência, isto é, disposições favoráveis, complacentes, benigna, do companheiro que vê no outro, no necessitado, alguém igual, que por um momento, precisa da ajuda, que não inferioriza, não humilha, mas pelo carinho e respeito demonstrados na sinceridade até das vibrações, anima, contagia, exalta o outro, despertando-lhe o desejo de prosseguir. Neste trabalho de Amor, é que se levará o outro a valorizar-se, se entendendo, se descobrindo como um filho de Deus que desperta para fazer renascer em si um homem novo.

(Jornal Verdade e Luz Nº 188 de Setembro de 2001)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A lei magna


É inegável que a mensagem transcrita nos Evangelhos tem o poder de mudar a sociedade em que vivemos, pacificando os corações belicosos e injetando nas personalidades egoísticas um novo ideal de paz, amor e transformação moral.

E não é nenhuma utopia acreditarmos que, se resolvermos realmente seguir Jesus, dentro de pouco tempo não precisaremos mais gastar dinheiro com segurança, planos de saúde ou educação: pois em uma sociedade verdadeiramente cristã esses direitos do cidadão são respeitados e os órgãos responsáveis pelo funcionamento desses direitos básicos agem com rapidez e eficiência.

Mas, para que a sociedade realmente mude é imprescindível que cada uma de suas células também, e radicalmente, pois a sociedade, como um todo, nada mais é do que o reflexo de cada um de seus cidadãos.

E para melhorarmos a nossa própria vida e a vida de todos os seres (racionais ou não) que habitam na Terra, teoricamente é muito fácil. Basta que coloquemos em prática aquilo que determinado Homem nos sugeriu há dois mil anos atrás: que amemo-nos uns aos outros e que façamos aos outros apenas aquilo que gostaríamos que os outros nos fizessem.

Difícil? Talvez seja mais fácil do que imaginamos. Vamos começar agora?

Toda caminhada, por mais longa que se afigure, só começa realmente depois de dado o primeiro passo. Após o primeiro passo, e a cada passo dado, o destino a que nos propusemos vai ficando cada vez mais próximo.

É assim que se pode mudar a dura realidade da vida atual: praticando-se a lei da fraternidade universal que tem por base o amor ao próximo como a si mesmo. Mas... e o amor a Deus sobre todas as coisas, como é que fica? Isto, na verdade, é apenas redundância, pois não existe outra maneira de amar a Deus senão esta: amando ao nosso próximo como a nós. Isto pode mudar qualquer sociedade que não se afina aos ensinamentos do Cristo.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Laços de família


"E chegaram-se a ele os fariseus, tentando-o e dizendo: É porventura lícito a um homem repudiar a sua mulher, por qualquer causa? Ele, respondendo, lhes disse: Não tendes lido que quem criou o homem, desde o princípio os fez macho e fêmea? e disse: por isso, deixará o homem pai e mãe, e ajuntar-se-á com sua mulher, e serão dois numa só carne. Assim que já não são dois, mas uma só carne. NÃO SEPARE, logo, o homem o que Deus ajuntou" (Mateus, XIX: 3-9)

Em boa hora a USE - União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo - efetuou o relançamento da campanha de valorização da família, com o slogan "Aperte mais este laço". Estamos, mesmo, necessitando de refletir sobre a família, sua importância e contribuição para a melhoria da vida em sociedade, e para evolução do Espírito. No Livro dos Espíritos (questões 695 e 775) se esclarece que o casamento, ou seja, a união permanente de dois seres, é um progresso na marcha da Humanidade, e que o resultado do relaxamento dos laços de família, para a sociedade, seria a recrudescência do egoísmo.

No texto citado de início, o Mestre Jesus estabelece: "não separe o homem o que Deus ajuntou". E muitos entendem que as uniões realizadas com as bênçãos de Deus são só as felizes. A Doutrina Espírita nos esclarece que não é assim. O mundo em que vivemos ainda é bastante atrasado. Todos que aqui trabalhamos por nossa evolução ainda não compreendemos, nem vivemos em harmonia com as Leis divinas. Nosso progresso espiritual se realiza através de experiências (erros e acertos), portanto incluindo aí o que chamamos de dor, de sofrimento. No caso das uniões matrimoniais, para efeito do nosso estudo, utilizamos a classificação de Martins Peralva, no livro "Estudando a Mediunidade". Ele classifica o casamento nos seguintes tipos: Provacionais, sacrificiais, afins, transcendentes e acidentais. O casamento provacional é para o reajuste necessário de duas almas que se reencontram em processo de reajustamento. Constitui a maioria. Precisamos acertar contas do passado, reconciliar, reparar o que fizemos de errado, enfim é um casamento provacional, isto é, constitui uma prova para as partes envolvidas. Nos sacrificiais ocorre o reencontro de uma alma mais evoluída com outra inferiorizada, com o objetivo de redimi-la. Vale dizer, uma das partes (pode ser o marido, ou a mulher) vem para ajudar a outra. O casamento afim é o reencontro de corações amigos, para consolidação de afetos (pequeno número); no transcendente, almas engrandecidas no Bem se buscam para realizações imortais. Finalmente, nos acidentais, temos o encontro de almas inferiorizadas, por efeito de atração momentânea, sem qualquer ascendente espiritual. Podem determinar o início de futuros encontros, noutras reencarnações. Todos nós passamos, ou passaremos, por essa seqüência de casamentos, para realização do progresso espiritual. Portanto, um casamento provacional, ou sacrificial, tem os seus momentos difíceis, em que se exige tolerância, compreensão, sacrifício mesmo, mas nem por isso deixa de ser abençoado por Deus, pois é nessas experiências que encontramos as oportunidades para burilamento do Espírito. A grande maioria dos matrimônios é do tipo provacional ou expiatório. Quase sempre recebemos como cônjuge quem muito prejudicamos no passado, ou que conduzimos ao desequilíbrio. Fugir do matrimônio para evitar os problemas que lhe são inerentes significa recuar do resgate que nós mesmos programamos no Mundo Espiritual.

Delfina Benigna, através de Chico Xavier, nos enviou a seguinte quadra:

"Um conselho para os homens,

Enquanto pobres mortais,

Se quem casa sofre muito,

Quem não casa sofre mais".

D. Laura, em Nosso Lar (livro psicografado por Francisco C. Xavier), alerta que o casamento começa a correr perigo quando os cônjuges "perdem a camaradagem e o gosto de conversar". Importante o diálogo, saber ouvir, deixar o outro falar para sentir suas razões, como ele está pensando. Utilizar tom de voz baixo, respeitoso, sem gritaria, sem permitir que a raiva, ou a cólera, se extravase e ponha tudo a perder. Aprender a ceder. Não agir egoisticamente, exigindo que o outro se anule para que tudo seja feito de acordo com a sua vontade. Lembrar que os defeitos das pessoas que vivem mais próximas de nós são notados com maior freqüência, porque se evidenciam no dia-a-dia. Dar ao outro o direito de ele ser como é, e não como a gente gostaria que fosse. Ajudar o outro a combater seus defeitos, discretamente, sem lhe diminuir, ou humilhá-lo. Não corrigir o outro em público, são princípios que sempre ajudam. O amor reclama cultivo. Diz Emmanuel que "a felicidade na comunhão afetiva não é prato feito e sim construção do dia-a-dia. As leis humanas casam as pessoas para que estas se unam segundo as Leis Divinas. Evoluir no relacionamento, não com exigências, e sim com compreensão, tolerância. Toda criatura necessita de amar e receber amor". Medidas preventivas para evitar as crises estão no Evangelho de Jesus.

(Jornal Verdade e Luz Nº 171 de Abril de 2000)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Educar as crianças para não ser necessário repreender os homens


Nos dias de hoje questionamos o encaminhamento do ser humano na vida terrena.... O que está por acontecer? Como será o futuro?

Oportunamente, lembramo-nos das palavras de Dora Incontri, em um de seus ensaios: “No mundo atribulado de transição em que vivemos, só existe uma fórmula infalível para que a aurora do 3.° milênio surja límpida e bela no horizonte humano: a Educação”.

Estamos no 3.° milênio e temos muito trabalho pela frente. É necessário que compreendamos nossa responsabilidade quanto à educação de nossas crianças hoje para que não repreendamos o homem no amanhã.

Educar é desenvolver, cultivar, fazer brotar uma palavra: elevar. Educar é fazer crescer, desabrochar toda a integridade física e espiritual.

Para isso é preciso amor e auto-educação. Amar para educar e auto-educar-se para amar. Não é possível alguém se aperfeiçoar se não procurar cultivar em si mesmo a obra da mudança renovando-se no Bem.

Nesse sentido o processo educativo começa antes mesmo da união dos pais. A responsabilidade de ambos já existe desde que assumiram o compromisso de receber um Espírito, pela bênção da reencarnação, para assim poderem auxiliá-lo em sua jornada evolutiva.

Assumindo o compromisso e consumada a união dos pais, o ambiente deverá manter-se propício.

Após a fecundação os pais sentem que estão gerando vida e mantém-se em equilíbrio em clima de alegres cuidados.

Nove meses - imprescindíveis à formação da matéria e preparo do Espírito para a vida terrena - será tempo para o exercício da calma, paciência, compreensão e amor que deverá envolvê-lo de maneira que se sinta confortável, bem-vindo e, sobretudo, amado.

Esses meses fortalecerão os laços preexistentes e evidenciarão uma certa cumplicidade entre pais e filho, caracterizada pela confiança.

Enfim, com o nascimento, até os sete primeiros anos apresenta-se um tempo mais fácil para a semeadura. Durante esses primeiros anos de vida, a criança encontra-se receptiva para as informações, além de estar aberta para possíveis modificações.

Não se pense, porém, seja fácil a execução. Há que se acompanhar a criança a cada passo, em casa, na escola, no lazer, observando seu comportamento, estando a par do que acontece à volta e dentro dela. Não retirá-la do mundo, mas estar com ela nesse mundo, dialogando, explicando e solidificando princípios.

É durante esse período que atentos às suas tendências devemos trabalhá-las conforme apareçam, no momento em que surjam.

Para isso é preciso que os pais juntos, se disponham reciprocamente, abertos ao processo de auto-educação.

Lembrar que não devemos nos preocupar com a quantidade das informações e sim com a qualidade das propostas.

Não se trata de um processo unilateral - do adulto para a criança - e sim de um processo integral que funciona dos dois lados: de adultos para crianças e de crianças para adultos. Nisso implica a auto-educação, pois é importante vivenciar e exemplificar para educar: um depende do outro e ambos crescem.

Assim, saímos vitoriosos por nos amarmos e crescermos praticando o bem, por conseqüência, termos um mundo melhor.

Certamente, quando pais e filhos, se engajarem nas propostas renovadoras do Amor, quando o lar realmente significar, pela contribuição de cada um, em recanto de reabastecimento moral, paz, fraternidade, união e respeito, o mundo terá menos necessidade de se deter em procurar meios para punir.

(Jornal Verdade e Luz Nº 191 de Dezembro de 2001)