quinta-feira, 20 de maio de 2010

Emprego no setor metalúrgico cresceu 60% nos últimos sete anos, aponta Dieese


Pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) informa que o setor metalúrgico está perto de retomar os níveis de emprego do fim dos anos 1980, quando ocupava 2,4 milhões de trabalhadores. As empresas do setor abriram 900.000 vagas ao longo da última década.

O levantamento revela que a metalurgia ocupa hoje 2,1 milhões de pessoas. De 2002 a abril de 2010, a expansão foi de 60%. No ritmo atual, prevê o Dieese, o recorde registrado no biênio de 1987-1988 será batido ao longo do próximo ano.

A situação só não é melhor por causa da crise econômica internacional que afetou o Brasil a partir de setembro de 2008 e até o fim do primeiro semestre do ano passado. Durante o Governo Lula, o mercado de trabalho no setor vinha se expandindo mensalmente, mas, entre outubro de 2008 e julho de 2009, se retraiu fortemente.

O presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, Carlos Grana, acusa os empresários de aproveitarem a crise para demitir trabalhadores mais antigos, aumentando a rotatividade e recontratando a valores mais baixos. "Houve um exagero. E seria um caos se tivéssemos entrado na onda de alguns empresários que, em janeiro de 2009, queriam reduzir jornada e salário.”

Os cortes não foram maiores, na avaliação de Grana, porque o governo Lula reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e criou ou dinamizou linhas de crédito do BNDES.

O Dieese concluiu que, mesmo durante a crise, a indústria naval manteve o fôlego. O estudo prevê que o quadro vai melhorar ainda mais nesse segmento, com expectativa de que os investimentos cresçam 58% entre 2010 e 2013, na comparação com 2005-2008.O cenário positivo para a metalurgia tem resultado em ganhos para os trabalhadores. O aumento salarial real acumulado entre 2004 e 2009 é de 14,21%.

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