quinta-feira, 27 de maio de 2010

Ensino profissional aumenta chance de emprego em quase 50%


Uma pessoa que conclua curso profissionalizante tem quase 50% mais chance de conquistar emprego do que aquela que estudou até o ensino médio. Além disso, quem tem o ensino profissional aumenta em 38% a possibilidade de trabalhar com carteira assinada e de ganhar salário 13% maior.

Essas conclusões fazem parte de estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas em parceria com o Instituto Votorantim para analisar os impactos da educação profissional no mercado de trabalho.

Denominado “Educação Profissional e Você no Mercado de Trabalho”, o trabalho cruzou dados de duas pesquisas do IBGE e examinou a situação de pessoas que fizeram cursos de qualificação profissional, ensino médio técnico e graduação tecnológica.

Nos últimos seis anos, o número de profissionais de nível técnico cresceu 75,6% e chegou a 29 milhões. “A quantidade de cursos profissionalizantes avançou significativamente, sem que perdêssemos a qualidade dos cursos”, destacou Marcelo Neri, coordenador do estudo.

Entre as pessoas que frequentaram cursos de educação profissional, 23,5 milhões – a imensa maioria – realizou a qualificação profissional. Em segundo lugar aparecem os profissionais formados no ensino médio técnico, 5,1 milhões, e depois os os graduados em cursos superiores técnicos, 160 mil.

A pesquisa apontou os estados, capitais e periferias urbanas onde os profissionais de nível técnico são mais bem pagos. No Distrito Federal o salário médio é de R$ 1.403, seguido por Santa Catarina, com média mensal de R$ 1.037 e São Paulo (R$ 1.004). Vitória (ES) é a capital que melhor remunera os profissionais técnicos com R$ 1.724 de salário médio, seguida por Florianópolis (SC) com a remuneração mensal média de R$ R$ 1419 e por Brasília com R$ 1.403.

“Os jovens precisam se conscientizar de que os retornos em educação são altíssimos”, recomendou Marcelo Neri. Ele também destacou que famílias com histórico baixo de educação tendem a ter filhos com níveis igualmente precários.

“A revolução da educação está nas casas e não nas escolas. Os jovens têm que ser conquistados para a ideia de que vale a pena estudar. Precisam saber que a educação formal é fundamental, enquanto a profissional é um up grade em suas vidas.”

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